sexta-feira, 20 de maio de 2016

 Se deu errado no passado, pode dar certo agora?


        Queria eu ter uma resposta certeira para o questionamento desse título. Mas não, eu não tenho e sempre me pergunto isso. Tem muita gente que diz que se na primeira vez não deu certo, então nunca dará, mas, vem cá, não é um pouco raso e limitante pensar assim? Pensa no quanto você mudou desde que aquele certo alguém parou de ser protagonista da sua vida. Você provavelmente amadureceu, conseguiu ver as situações com um pouco mais de clareza. Separou o drama da realidade e por aí vai. É muito injusto pensar que todo esse processo aconteceu apenas com você. Claro que isso não significa que a pessoa mudou ou evoluiu pro caminho que você desejava, mas com certeza ela não é a mesma. Por isso, eu sou a favor de dar uma chance para conhecer o que o “velho” alguém se tornou. Pode ser decepcionante, pode ser que ainda precise um pouco mais de tempo ou pode ser ótimo. É amor, não existe regra, lembra? Tem que ir por tentativa e erro. Tem que se abrir pra deixar o amor se aninhar no coração. Tem que aproveitar a oportunidade pra ter certeza. É só assim que a gente pode tentar chegar em alguma conclusão sobre o assunto. Quando a vida te presentear com a possibilidade de se reconectar com alguém do passado, crie o mínimo de expectativas possíveis e vá ver o que aconteceu. Só lembre de deixar as mágoas pra trás e nem pense em lavar roupa suja. Apenas aproveite a oportunidade de conhecer uma nova pessoa. Depois de ter tentado, espalhe a sua história pelo mundo. Eu quero saber, muitas outras pessoas querem mais uma prova de quando é para dar certo, simplesmente dá.
Não é fácil ter vinte e poucos anos!


           Eu sempre achei que minha vida mudaria aos dezoito anos, que a maioridade seria incrível e que com vinte anos eu estaria colhendo frutos de tudo que eu plantei uma adolescência inteira.
Eu sempre pensei que com vinte e poucos anos eu atingiria auge do sucesso, que estaria feliz e realizada no meu emprego e que a minha vida amorosa já teria encontrado um final feliz. Ninguém me explicou sobre financiamentos, nem me disseram que a minha carreira não seria exatamente o que eu escolhi no vestibular. Esqueceram de me contar que “felizes para sempre” é coisa de Contos de Fadas e que um relacionamento feliz exige muita paciência, dedicação e reciprocidade. Não me ensinaram a recomeçar, mas depois dos vinte eu aprendi a cair com classe, entendi que muitas vezes é melhor começar do zero e que outras coisas é melhor deixar pra lá e não merecem o meu tempo…
Falando em tempo, eu preciso de mais horas no meu relógio. Eu sinto que depois dos vinte o dia ficou mais curto, eu preciso de tempo para conversar, pra malhar, pra trabalhar, pra dormir, pra viajar… bem na verdade, eu preciso de mais tempo pra mim. Sabe, eu tento ser uma pessoa organizada, mas a verdade é que a minha vida muitas vezes está mais bagunçada que o meu quarto. Só sei dizer que uma coisa que não tá, é fácil. Não é fácil errar no amor, nas amizades e na profissão. Eu confesso, detesto estar errada, já sou adulta e deveria saber acertar de primeira. Mas, acreditem vocês, eu passei dos vinte e continuo errando. Erro no corte de cabelo, na roupa que eu comprei e que nunca irei usar, erro em escolher alguém para confiar. E no meio de tantos erros, vejo meus vinte anos passar rápido demais enquanto eu ainda estou preocupada em encontrar o caminho certo.
Eu não sei o que será do meu futuro, mas sei dizer que aprendi muito até aqui. Eu descobri que o meu sucesso não está na minha conta bancária e que maturidade não vem com aniversários. Os vinte e poucos anos me trouxeram liberdade, responsabilidade, personalidade. Eu ainda tenho muitos planos, mas preciso segurar essa ansiedade de ser tudo que um dia eu quero ser para aproveitar tudo aquilo que eu já sou.Eu sei que não é fácil, mas a vida não acaba antes dos trinta, ela está apenas começando. Por isso tente manter a calma, eu estou tentando também, e vamos aproveitar cada momento, esta fase merece ser vivida. Não dá pra esquecer que só se tem vinte e poucos anos uma vez na vida.


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